O Brasil se destaca como um dos principais mercados de cannabis medicinal na América Latina, impulsionado pelo aplicativo Blis, que facilita o acesso à medicação para pacientes. Com uma receita mensal de R$ 2 milhões e 300 mil usuários, a Blis se posiciona como o maior banco de dados de pacientes de cannabis da região. Apesar das regulamentações da Anvisa que permitem apenas produtos importados e sob supervisão médica, analistas projetam que o setor pode superar US$ 4,4 bilhões até 2032, devido ao aumento da demanda e à diminuição do estigma em torno do uso da erva.
A Blis foi criada por um grupo de pacientes que enfrentavam dificuldades na obtenção legal de cannabis medicinal. O CEO, Toninho Corrêa, destacou que a plataforma transformou um processo burocrático e demorado em uma experiência digital simples, reduzindo o tempo de trâmites em 160 vezes. O aplicativo atende a uma ampla gama de condições, desde doenças graves como Parkinson e epilepsia até questões relacionadas ao bem-estar, como ansiedade e sono.
Atualmente, a Blis alcança mais de 1,8 mil cidades no Brasil, incluindo áreas rurais com acesso limitado a serviços médicos. A empresa reporta que mais de 60% dos usuários que realizam consultas acabam adquirindo produtos, com uma taxa de recompra de 42%. O valor médio dos pedidos é de aproximadamente R$ 1.000, evidenciando a adesão dos pacientes aos tratamentos oferecidos pela plataforma.