O Bitcoin alcançou um pico histórico de US$ 123.218 nesta semana, surpreendendo investidores brasileiros e movimentando o mercado de criptoativos. Com uma capitalização de aproximadamente US$ 2,34 trilhões, a criptomoeda supera o PIB do Brasil, que é de US$ 2,17 trilhões. Esse aumento levou muitos investidores a resgatar recursos de seus portfólios em criptoativos, optando por alocá-los em renda fixa e stablecoins como USDT e USDC.
Henry Oyama, diretor da Hashdex, observou saídas líquidas generalizadas na indústria de fundos e ETFs de cripto, enquanto Thomaz Fortes, do Nubank, destacou um aumento na troca de Bitcoin por stablecoins, indicando que investidores estão buscando estabilidade em meio à volatilidade do mercado. Dados da Anbima revelam que o fundo Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price teve retiradas de R$ 59,5 milhões entre 8 e 16 de julho, sem novas entradas de recursos.
Theodoro Fleury, da QR Asset Management, comentou que grandes investidores, conhecidos como 'baleias', estão realizando lucros, vendendo Bitcoin a preços atuais. Especialistas apontam que o perfil conservador do investidor brasileiro e a atual taxa de juros influenciam esse comportamento, contrastando com o fluxo comprador predominante no exterior.
Após uma mínima de US$ 115.976,56 em 15 de julho, o Bitcoin se recuperou, atingindo US$ 120.825,63 no dia 17. Ana de Mattos, analista da Ripio, alerta que, para o Bitcoin superar a resistência de US$ 121.000, é necessário um forte fluxo comprador. Caso contrário, a criptomoeda pode enfrentar uma nova queda, testando suportes críticos em torno de US$ 116.000 e US$ 111.500.