O Bitcoin (BTC) alcançou uma nova máxima histórica nesta quinta-feira, 10 de outubro de 2025, superando a marca de US$ 113 mil. O recorde foi estabelecido em um contexto de alta do DXY, índice que mede o desempenho do dólar, que tradicionalmente apresenta correlação negativa com a criptomoeda. A nova cotação surge menos de 24 horas após o Bitcoin ter ultrapassado brevemente os US$ 112 mil, antes de recuar para a faixa dos US$ 111 mil, sem que isso afetasse sua trajetória de alta, impulsionada por fatores estruturais e pela entrada contínua de capital institucional.
No segundo trimestre de 2025, empresas listadas na bolsa adquiriram mais de 159 mil BTC, elevando suas reservas para 847 mil unidades, o que representa cerca de 4% da oferta total do ativo. Entre as principais compradoras estão a MicroStrategy, MARA Holdings e a GameStop, que fez sua primeira aquisição de 4.710 BTC. Essa tendência de compra por empresas consolida o Bitcoin como uma reserva de valor, similar ao ouro, em um cenário de inflação crescente.
A aprovação do GENIUS Act pelo Senado dos EUA, que estabelece uma estrutura regulatória para stablecoins, também é vista como um catalisador para a alta do Bitcoin. Movimentos de integração entre finanças tradicionais e o universo cripto, como a aquisição da exchange Bitstamp pela Robinhood, indicam um clima regulatório mais favorável. Além disso, com mais de 95% das unidades de Bitcoin já emitidas e uma inflação anual menor que a do ouro, a escassez do ativo tende a pressionar os preços para cima.
Analistas projetam que o Bitcoin pode atingir US$ 140 mil ainda este ano, impulsionado por um ambiente institucional crescente e novas plataformas oferecendo acesso ao ativo. Gerry O’Shea, da Hashdex, afirma que o bull market está longe de acabar, mesmo em um cenário macroeconômico incerto, e destaca a importância das entradas em ETFs e da adoção corporativa contínua como fatores que sustentam essa tendência positiva.