Nesta quinta-feira, 17 de agosto, o Brasil celebra o Dia de Proteção às Florestas, momento que convida à reflexão sobre a conciliação entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental. A bioeconomia, setor em crescimento que movimenta R$ 12 bilhões anualmente, surge como uma alternativa viável para a preservação da Amazônia, geração de renda e fomento à inovação.
Um estudo da WRI Brasil indica que a bioeconomia e a restauração florestal podem contribuir com R$ 45 bilhões ao PIB brasileiro e criar mais de 800 mil empregos até 2050. No estado do Pará, 13 cadeias produtivas já geram cerca de R$ 9 bilhões, com potencial para adicionar R$ 816 milhões ao PIB e abrir mais de 6.500 novas vagas de trabalho, caso investimentos adequados sejam realizados.
O Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém (DIBB), uma iniciativa da Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com a Prefeitura de Belém e outras instituições, está com quatro editais abertos para incentivar negócios sustentáveis na Região Metropolitana de Belém. Raul Ventura, membro da direção do DIBB, destaca a importância de conectar as atividades da bioeconomia à economia urbana, afirmando que isso pode ampliar a distribuição de renda e agregar valor aos produtos da floresta.
Com a COP 30 se aproximando, Belém se posiciona como um centro de inovação na agenda climática global. O DIBB busca demonstrar que é possível crescer economicamente sem destruir o meio ambiente, articulando universidades, empresas e comunidades locais para transformar a bioeconomia em um vetor real de desenvolvimento sustentável. Segundo Antonio Abelém, coordenador de inovação do DIBB, a Amazônia possui condições únicas para liderar essa nova economia verde, com um mercado global da bioeconomia projetado para alcançar US$ 7,7 trilhões até 2030.