Em entrevista ao 'The New York Times', o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou o uso do autopen, um dispositivo que reproduz assinaturas, para emitir perdões presidenciais no final de seu mandato, em janeiro de 2025. Biden defendeu sua decisão, afirmando que ele mesmo ordenou os perdões, em resposta a críticas do ex-presidente Donald Trump e seus aliados, que questionam sua capacidade de governar devido a um suposto declínio cognitivo.
Biden destacou que o autopen foi utilizado devido ao volume de perdões concedidos, e que seus assessores operaram o aparelho após receberem instruções verbais dele. O ex-presidente emitiu perdões para cinco membros de sua família e funcionários de seu governo, além de reduzir sentenças de quatro mil condenados por crimes não violentos, ações que Trump considera inválidas e que geraram uma investigação por parte de seu governo.
Trump, que alega que Biden não estava apto para governar, classificou o uso do autopen como um "acobertamento" e um dos maiores escândalos da história dos EUA. A procuradora-geral Pam Bondi e o conselheiro da Casa Branca, David Warrington, foram designados para conduzir a investigação, enquanto o Comitê de Supervisão da Câmara solicitou depoimentos de ex-assessores de Biden.