A Belmond, subsidiária do conglomerado LVMH, está revitalizando suas operações de trem de luxo em resposta ao crescente interesse por viagens mais relaxadas e panorâmicas, especialmente após o fim da pandemia. Com 43 anos de experiência, a empresa, que iniciou suas atividades conectando Londres a Veneza, agora oferece experiências que incluem rotas por castelos na Escócia e paisagens deslumbrantes próximas a Machu Picchu, no Peru.
Gary Franklin, vice-presidente sênior da Belmond, destaca que muitos viajantes estão buscando desacelerar e desfrutar de momentos a bordo de trens luxuosos, onde podem ler, conversar e apreciar o serviço de alta qualidade. A consultoria McKinsey estima que o gasto global com viagens de trem de luxo atingirá US$ 8,6 trilhões em 2024, impulsionado por um público mais jovem e abastado, que está cada vez mais disposto a investir em experiências de viagem.
Embora os baby boomers ainda sejam uma parte significativa do mercado, 80% dos consumidores de turismo de luxo têm menos de 60 anos, segundo a McKinsey. A consultora de viagens Anna Tretter observa que as ofertas de marcas como Belmond têm atraído especialmente millennials e a geração Z, que buscam experiências únicas e luxuosas. Recentemente, o Eastern and Oriental Express foi relançado, e o Britannic Explorer fará sua viagem inaugural, oferecendo acomodações de alto padrão para até 36 hóspedes.
A demanda crescente por essas experiências de viagem levou a Belmond a expandir suas operações, com a expectativa de que os trens de luxo se tornem uma alternativa popular aos cruzeiros. A empresa está focada em tornar as viagens pelo interior da Inglaterra e País de Gales mais acessíveis, permitindo que os visitantes explorem além das grandes cidades, conforme enfatiza Franklin.