Belém, no Pará, é o palco do primeiro Laboratório Culinário do Intercâmbio Amazônia, que reúne chefs dinamarqueses, bolivianos e cozinheiros paraenses em uma imersão dedicada à valorização dos ingredientes locais, com foco na mandioca. O evento, que ocorre entre 28 e 31 de outubro, é uma das iniciativas que emergem da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) e visa fortalecer a cadeia produtiva da gastronomia na região.
O projeto é uma colaboração entre a Embaixada da Dinamarca, o coletivo dinamarquês Melting Pot, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Instituto Paulo Martins, com financiamento da Agência Dinamarquesa de Desenvolvimento Internacional. Durante a semana, 20 chefs locais foram selecionados entre quase 200 inscritos para trabalhar ao lado de renomados profissionais internacionais, como o chef Simon Lau e o sommelier Bertil Tottenborg.
As atividades incluem demonstrações práticas, visitas a comunidades produtoras e trocas de saberes sobre ingredientes amazônicos. A experiência tem sido enriquecedora para os participantes, que buscam não apenas aprender novas técnicas, mas também criar receitas que possam ser apresentadas na COP 30. O chef dinamarquês Bertil Tottenborg destacou o potencial culinário da Amazônia, enquanto a chef paraense Jailsa Costa enfatizou a oportunidade de elevar a gastronomia local através da inovação e aprendizado.
O laboratório, que acontece no Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no bairro Nazaré, encerra suas atividades com uma apresentação dos resultados e experiências vividas, com a expectativa de que os aprendizados se transformem em colaborações e negócios sustentáveis no futuro.