Belém se tornou o palco do primeiro Laboratório Culinário do Intercâmbio Amazônia, que reúne chefs dinamarqueses, bolivianos e cozinheiros paraenses em uma imersão dedicada à valorização dos ingredientes da região, com foco na mandioca. O evento, que acontece no Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), é uma das iniciativas que emergem como legado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
A iniciativa é promovida pela Embaixada da Dinamarca em parceria com o coletivo dinamarquês Melting Pot, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Instituto Paulo Martins, com financiamento da Agência Dinamarquesa de Desenvolvimento Internacional. O projeto inclui três Laboratórios Culinários, realizados entre julho e setembro, cada um com um ingrediente em destaque. A primeira edição, que começou na segunda-feira (28) e se encerra nesta quinta-feira (31), tem a mandioca como protagonista.
Durante o laboratório, 20 profissionais locais foram selecionados entre quase 200 inscritos para participar das atividades, que incluem demonstrações práticas e visitas a comunidades produtoras. Os chefs dinamarqueses Simon Lau e Bertil Tottenborg, além do boliviano Kenzo Velasco, estão colaborando com os cozinheiros paraenses. A experiência tem sido enriquecedora, com trocas de saberes e novas técnicas culinárias sendo exploradas.
Os pratos desenvolvidos poderão ser apresentados na COP 30, conforme destacou Fernanda Gemaque, produtora executiva do Instituto Paulo Martins. A chef paraense Jailsa Costa enfatizou a importância do intercâmbio para a evolução da gastronomia local, ressaltando a versatilidade da mandioca em diversas preparações. O projeto visa não apenas a troca cultural, mas também a criação de novas receitas e negócios sustentáveis na região.