O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter suas taxas de juros inalteradas em 2% nesta quinta-feira, após uma série de oito cortes ao longo do último ano. A decisão ocorre em um momento em que as negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos se aproximam de um acordo, o que pode impactar a economia da zona do euro. A taxa foi reduzida pela metade em relação aos 4% registrados um ano atrás, em resposta ao aumento da inflação após a pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Com a inflação agora alinhada à meta de 2% do BCE, as autoridades optaram pela manutenção das taxas, considerando a incerteza econômica e os impactos das tarifas comerciais. Diplomatas da UE indicaram que um acordo pode resultar em uma tarifa de 15% sobre as importações dos EUA de produtos da União Europeia, uma medida que, segundo economistas, poderia estimular a recuperação econômica da zona do euro no quarto trimestre.
O BCE destacou que a economia da zona do euro tem se mostrado resiliente, embora enfrente desafios devido a disputas comerciais. A instituição afirmou que suas decisões futuras sobre as taxas de juros serão tomadas com base na avaliação da inflação e dos riscos associados. Apesar da estabilidade atual, os mercados monetários ainda precificam uma possível nova redução das taxas até março de 2024, caso a inflação permaneça baixa.