O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter sua taxa de juros em 2% nesta quinta-feira (24), após uma série de oito cortes ao longo do último ano. A decisão ocorre em um contexto de negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos, que podem impactar as tarifas e a economia da zona do euro. A presidente do BCE, Christine Lagarde, expressou otimismo sobre as perspectivas econômicas, o que levou os mercados a reduzirem as expectativas de novos cortes de juros.
Lagarde destacou a importância da resolução das incertezas comerciais, afirmando que quanto mais cedo esse assunto for tratado, melhor será para a economia. A expectativa de um possível acordo com tarifas de 15% sobre produtos da UE importados pelos EUA está sendo monitorada, embora a Casa Branca tenha classificado tais relatos como especulação. O BCE já havia cortado sua taxa de juros pela metade em relação ao ano anterior, de 4% para 2%, após enfrentar um aumento nos preços devido à pandemia e à invasão da Ucrânia.
Com a inflação agora estabilizada em torno da meta de 2%, as autoridades do BCE optaram por manter a taxa, considerando que a situação econômica está se consolidando. Lagarde também mencionou que, apesar de haver a possibilidade de a inflação ficar abaixo da meta, isso não representa uma preocupação imediata. A avaliação otimista do BCE influenciou os rendimentos dos títulos alemães, que registraram o maior aumento diário em dois meses, sinalizando que novos cortes de juros podem ser improváveis no futuro próximo.