O Banco Central (BC) registrou lucro de R$ 18,155 bilhões com sua posição em swap cambial em junho até sexta-feira, segundo dados divulgados na quarta-feira, 25. Este resultado positivo, calculado pelo critério de caixa, contrasta com o ganho de R$ 1,695 bilhão registrado em maio. O resultado pelo critério de competência, que inclui ganhos e perdas independentemente da data de liquidação, foi ainda maior, somando R$ 22,075 bilhões no mês. A diferença entre os critérios se deve ao fato de que a liquidação financeira do resultado de caixa ocorre no dia seguinte (D+1), enquanto o critério de competência considera todos os eventos ocorridos dentro do mês.
Os ganhos com swaps foram parcialmente compensados por perdas na administração das reservas internacionais. O BC registrou prejuízo de R$ 68,128 bilhões nesse segmento, considerando perdas e ganhos cambiais, marcação a mercado e juros. Esse resultado negativo, combinado com o custo de captação, levou a um resultado líquido negativo de R$ 75,396 bilhões nas reservas. As operações cambiais como um todo também apresentaram resultado negativo, totalizando R$ 53,321 bilhões em prejuízos. É importante destacar que o BC afirma não visar lucro em suas operações de swap cambial ou na administração das reservas internacionais, tendo como objetivo principal oferecer proteção ao mercado em momentos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para crises.
Apesar do resultado positivo em swaps em junho, o quadro geral demonstra a complexidade da gestão das reservas internacionais do BC. A instituição acumula ganhos de R$ 88,490 bilhões com swaps em 2025 (até 20 de junho) pelo critério de caixa e R$ 85,225 bilhões pelo critério de competência. No entanto, as perdas com a rentabilidade das reservas internacionais, que somam R$ 151,066 bilhões no período, demonstram o impacto da volatilidade do mercado cambial e de outros fatores sobre a gestão das reservas. A estratégia do BC para equilibrar a necessidade de proteger o mercado com a gestão eficiente das reservas internacionais continuará sendo crucial para a estabilidade econômica brasileira nos próximos meses e anos.