O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou uma carta pública neste domingo (13), na qual defende a democracia brasileira e critica as sanções comerciais anunciadas pelos Estados Unidos. Barroso descreveu os argumentos do governo americano como uma 'compreensão imprecisa' dos acontecimentos recentes no Brasil, referindo-se ao tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Na carta, Barroso afirmou que as diferentes visões de mundo são parte da democracia, mas não justificam a distorção da verdade. Ele ressaltou a importância de uma análise objetiva dos fatos históricos, destacando os 40 anos de estabilidade institucional e eleições livres no Brasil, em contraste com períodos de rupturas democráticas no passado.
Em resposta à situação, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo brasileiro publicará um decreto até terça-feira (15) para regulamentar a lei da reciprocidade, permitindo uma resposta às tarifas impostas pelos EUA. Alckmin reiterou que a taxação é inadequada e não se justifica, enquanto o governo busca reverter a decisão americana.
A carta de Barroso e as ações do governo brasileiro refletem a preocupação com a preservação do Estado democrático de direito e a necessidade de um diálogo claro e fundamentado nas relações internacionais.