O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, publicou uma carta pública neste domingo (13) em defesa da democracia brasileira, reagindo às sanções anunciadas pelos Estados Unidos. Barroso classificou os argumentos do governo americano como uma 'compreensão imprecisa' dos acontecimentos recentes no Brasil, destacando que as sanções foram baseadas em informações distorcidas.
Na carta, Barroso enfatizou que visões divergentes não justificam a distorção da verdade e reafirmou o compromisso do STF em conduzir o julgamento de denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro de forma independente e fundamentada em evidências. O ministro ressaltou que, caso sejam encontradas provas, os responsáveis serão punidos; caso contrário, serão absolvidos.
Além disso, Barroso abordou a importância do papel do STF na proteção do Estado democrático de direito e dos direitos fundamentais, citando tentativas de ruptura institucional no Brasil ao longo da história, incluindo eventos desde 2019. Ele também comentou sobre a regulação das redes sociais, afirmando que a solução adotada pelo STF é moderada e respeita a liberdade de expressão, destacando a importância de evitar visões extremistas.
Esta é a primeira manifestação oficial do STF em resposta ao ex-presidente Donald Trump, que acusou a corte de perseguir Bolsonaro. A carta de Barroso, portanto, não apenas defende a integridade do STF, mas também reafirma o compromisso com a democracia e a justiça no Brasil.