Na última segunda-feira (28), as ações dos principais bancos brasileiros apresentaram queda, com destaque para Itaú (ITUB4), que recuou 2,1%, e Bradesco (BBDC4), que perdeu 0,77%. O Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (SANB11) também registraram desvalorizações de 1,48% e 0,38%, respectivamente. As instituições financeiras se preparam para a divulgação de seus balanços a partir da próxima quarta-feira, quando os dados de crédito devem ser analisados com atenção.
Os dados mais recentes do Banco Central indicam uma queda nas concessões de crédito em junho, além de um aumento na inadimplência, que atingiu o maior nível desde 2018. O crescimento do crédito total foi de 10,7% em relação ao ano anterior, mas apresentou uma desaceleração em comparação a maio. Os empréstimos corporativos e individuais também mostraram uma desaceleração significativa, refletindo um cenário desafiador para o setor.
O Bradesco BBI destacou que a deterioração na qualidade dos ativos se intensificou, especialmente entre as pessoas físicas, com aumentos nas inadimplências de empréstimos pessoais e cartões de crédito. Apesar da diminuição dos novos empréstimos inadimplentes no segundo trimestre, a inadimplência no crédito rural continua a ser uma preocupação, atingindo uma máxima histórica de 2,9%. O Goldman Sachs prevê que as condições de crédito permanecerão desafiadoras nos próximos meses, embora iniciativas dos bancos públicos possam ajudar a sustentar o ciclo de crédito.