O Banco Central do Brasil anunciou nesta quinta-feira (24) que houve um acesso indevido a informações cadastrais vinculadas a 46.893.242 chaves PIX, através do sistema Sisbajud, que é operado em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O incidente expôs dados como nome do usuário, CPF, instituição financeira, agência, número e tipo da conta, além da situação e datas de criação e exclusão das chaves PIX.
Na quarta-feira (23), o CNJ informou que o acesso indevido afetou 11.003.398 pessoas, embora o Banco Central não tenha esclarecido a discrepância nos números. Cada pessoa pode ter múltiplas chaves PIX, o que pode explicar a diferença. Apesar da gravidade do incidente, ambos os órgãos garantiram que não houve vazamento de dados sensíveis, como senhas ou informações financeiras.
O Banco Central enfatizou que o vazamento não possibilita movimentações financeiras ou acesso a contas. O CNJ, por sua vez, declarou que o problema foi rapidamente identificado e corrigido, com o sistema retornando ao funcionamento normal. A Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram notificadas sobre o ocorrido.
Embora os dados expostos não permitam transações financeiras, o CNJ alertou para os riscos de tentativas de fraudes e golpes. O órgão recomenda que os usuários estejam atentos a comunicações suspeitas e reforcem suas práticas de segurança digital. Um canal exclusivo será disponibilizado no site do CNJ para que os cidadãos verifiquem se foram impactados pelo incidente, que ocorre em um momento de crescente preocupação com a proteção de dados no Brasil, especialmente após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).