Durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a crescente relevância da comunicação para a instituição. Ele afirmou que o Banco Central, historicamente considerado hermético, precisa melhorar sua interação com a sociedade para explicar suas ações e decisões. Galípolo enfatizou que a transparência é fundamental, especialmente em relação às expectativas de inflação e outras atividades da autoridade monetária, como o combate à fraude e a novos serviços.
Galípolo observou que, com a evolução das expectativas econômicas, o Banco Central desenvolveu um 'dialeto próprio' e que é essencial adaptar a linguagem utilizada para alcançar diferentes públicos. Ele comparou a situação atual do Brasil com a do Federal Reserve, que até a década de 1990 não comunicava suas decisões de forma clara, ressaltando que essa é uma tendência global em evolução.
O presidente do Banco Central também refutou a ideia de que a autonomia operacional da instituição tenha reduzido sua presença no Congresso. Segundo ele, a necessidade de prestar contas e manter um diálogo aberto com a sociedade é cada vez mais urgente, e a busca por uma comunicação acessível é uma prioridade para a atual gestão.