A bancada do Partido Liberal (PL) no Congresso Nacional está mobilizando seus membros para uma estratégia de ataque nas redes sociais, visando deslegitimar ações em defesa da soberania nacional e criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A iniciativa surge após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, caso o Brasil não suspenda o processo judicial contra Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações relacionadas à tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023.
Mensagens trocadas em grupos do PL revelam orientações para que os parlamentares e seus apoiadores denunciem postagens que defendem a soberania do Brasil. Um deputado, por exemplo, instruiu seus colegas a utilizarem frases específicas como "CULPA DO LULA" e "TARIFA DO LULA" em suas comunicações, buscando associar a crise econômica à gestão atual. A mobilização é uma resposta ao crescente apoio popular à defesa da soberania nacional, evidenciado por pesquisas que mostram uma rejeição à narrativa de ataque à Justiça brasileira.
A estratégia do PL também inclui a tentativa de vincular Alexandre de Moraes à figura de um autoritário, utilizando o apelido "Tarifa Moraes" para deslegitimar suas ações. A pressão do governo dos EUA, que deu um prazo até 1º de agosto para que o Brasil interrompa o processo contra Bolsonaro, intensificou a necessidade do partido de retomar o controle da narrativa nas redes sociais. Apesar das tentativas de ataque, a reação predominante entre a população é de apoio à soberania nacional e ao respeito às instituições democráticas.