Na última terça-feira, 22, a Câmara dos Deputados do Brasil foi palco de um ato de protesto da bancada bolsonarista contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta, que suspendeu reuniões com viés eleitoreiro durante o recesso parlamentar. Em resposta, deputados da oposição estenderam uma bandeira em apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros.
O gesto gerou repercussão negativa nas redes sociais, com 77% das publicações criticando a ação, e 28% classificando-a como um “crime de lesa-pátria”. A atitude foi vista como contraditória, uma vez que os parlamentares, que se dizem nacionalistas, demonstraram apoio a um líder estrangeiro que impõe barreiras ao crescimento econômico do Brasil.
A incoerência foi destacada por analistas, que apontaram que os mesmos deputados que clamam por anistia a golpistas e defendem a violência institucional contra os mais pobres agora aplaudem um líder que prejudica os interesses brasileiros. A atuação de figuras como Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos, foi criticada por simbolizar uma geração de políticos que prioriza a imagem em detrimento dos interesses nacionais.
A cena levantou questionamentos sobre a verdadeira natureza do bolsonarismo, que, segundo críticos, nunca foi um movimento patriótico, mas sim um projeto autoritário e colonizado. A expectativa é que os representantes do povo priorizem a defesa da soberania nacional em vez de se submeterem a interesses estrangeiros.