As baleias-jubarte, que visitam a costa brasileira entre junho e novembro, retornam à Antártica após o período de reprodução. Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) têm se dedicado a estudar o comportamento dessas espécies durante os meses em que estão nas águas geladas do sul, onde encontram abundância de alimento. A pesquisa é parte de um intercâmbio com cientistas do Chile e da Argentina, que ocorre há três anos.
Durante as expedições, os pesquisadores brasileiros observam as técnicas de pesquisa utilizadas na região e compartilham suas próprias metodologias. Essa colaboração tem permitido a construção de um retrato mais completo da jornada das jubartes, informações que são cruciais para estratégias de preservação e para entender os impactos das mudanças climáticas na vida marinha.
Os especialistas destacam que o comportamento das baleias varia entre os períodos de alimentação na Antártica e reprodução no Brasil. Enquanto na Antártica as jubartes não costumam saltar, na costa brasileira esses movimentos acrobáticos são comuns, servindo para comunicação e atração de parceiras. Além disso, a Ufes utiliza técnicas como fotogrametria e bioacústica para monitorar e catalogar as baleias, já tendo registrado 429 indivíduos até o momento.