A Azimut, instituição italiana de gestão de fortunas, reafirma seu compromisso com o Brasil, considerando o país um de seus três principais mercados globais. Em entrevista à Forbes Brasil, Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil Wealth Management, destacou que, apesar das dificuldades fiscais e da instabilidade econômica, as oportunidades de crescimento no segmento de wealth management são significativas. Atualmente, a empresa administra R$ 12 bilhões no Brasil, um valor que Barcellos considera insuficiente para as ambições do grupo no país.
Barcellos comparou a situação econômica do Brasil à da Itália há três décadas, quando taxas de juros eram elevadas e a diversificação de investimentos era limitada. Ele acredita que mudanças no cenário macroeconômico brasileiro são inevitáveis e que o país não pode sustentar a atual taxa de juros de 15% por muito mais tempo. O CEO enfatizou que a Azimut está disposta a permanecer no Brasil a longo prazo, independentemente das flutuações políticas.
A visão otimista da Azimut é respaldada pela expectativa de que futuros governantes, de diferentes espectros políticos, estarão mais focados em questões econômicas e nas necessidades básicas da população. Barcellos acredita que, assim como ocorreu na Itália, os investidores brasileiros eventualmente buscarão diversificação em seus portfólios, o que colocará a Azimut em uma posição vantajosa para atender a essa demanda.