Pesquisadores do Departamento de Neurologia do HCFMUSP estão explorando novas abordagens para a estimulação cerebral, incluindo a Estimulação Cerebral Profunda (ECP) e a Estimulação Cerebral por Ultrassom Pulsado Focado de Baixa Intensidade (LIFUS). A ECP, técnica cirúrgica tradicional, envolve a implantação de eletrodos no cérebro para regular atividades neurais, sendo utilizada principalmente no tratamento da doença de Parkinson e em casos graves de transtornos psiquiátricos, como depressão refratária e transtorno obsessivo-compulsivo. Apesar de seus benefícios, a ECP é um procedimento invasivo e reservado para situações críticas.
Por outro lado, o LIFUS é uma alternativa não invasiva que utiliza pulsos de ultrassom para modular a atividade neural, apresentando alta precisão e poucos efeitos colaterais. Este método tem mostrado potencial em tratar uma variedade de condições psiquiátricas e neurológicas, incluindo esquizofrenia e doenças neurodegenerativas. Os pesquisadores destacam que, embora o LIFUS seja promissor, desafios como a localização precisa das áreas cerebrais e a comprovação de efeitos a longo prazo ainda precisam ser superados.
Com os avanços nas técnicas de estimulação cerebral, espera-se que, no futuro, haja uma ampliação das indicações para tratamentos mais específicos, especialmente na psiquiatria, onde a ECP é atualmente aplicada em casos raros e graves. Os estudos em andamento visam não apenas a eficácia das técnicas, mas também a segurança e a personalização dos tratamentos com base em critérios genéticos e biomarcadores.