As principais autoridades de imigração dos Estados Unidos se manifestaram neste domingo (13) em defesa das táticas de detenção utilizadas por agentes federais, após um juiz federal afirmar que essas prisões foram realizadas "exclusivamente com base na raça". O debate surge em meio a um incidente trágico na Califórnia, onde um trabalhador rural foi morto durante uma operação em uma plantação legal de cannabis.
O juiz distrital havia ordenado o fim das "patrulhas itinerantes" que visavam imigrantes em situação irregular em Los Angeles, baseando-se apenas na aparência ou no idioma. Tom Homan, ex-funcionário de imigração do governo Trump, reconheceu que a aparência física influenciou as detenções, mas afirmou que "uma infinidade de fatores" é considerada. Ele admitiu que isso resultou em "detenções colaterais" em operações seletivas.
Em entrevistas, Homan e a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, comentaram a decisão judicial. Noem a chamou de "ridícula" e "política", defendendo que as operações são fundamentadas no conhecimento sobre os indivíduos que precisam ser alvo por serem criminosos. A cidade de Los Angeles, conhecida como "cidade santuário", tem sido foco de críticas e ações do governo desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, especialmente considerando que 35,4% de sua população é composta por estrangeiros, segundo o último censo.
Os protestos contra as operações anti-imigrantes em Los Angeles começaram há um mês e se espalharam por centenas de cidades nos Estados Unidos, refletindo a crescente insatisfação com as políticas de imigração do governo atual.