Com a bandeira tarifária vermelha mantida para julho, consumidores brasileiros enfrentam um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, pressionando orçamentos familiares e empresariais. A alta demanda por aquecedores e chuveiros elétricos durante o inverno intensifica a necessidade de alternativas, como a geração distribuída solar, que se torna uma opção viável para muitos. Em 2024, a energia solar deve se consolidar como a segunda principal fonte de geração no país, atrás apenas das hidrelétricas.
O modelo de geração distribuída solar permite que os consumidores acessem energia limpa sem a necessidade de instalar painéis solares em suas propriedades. De acordo com Cícero Lima, diretor de Varejo e Marketing da Serena, a energia gerada em usinas solares remotas é injetada na rede elétrica e retorna ao consumidor como crédito na conta. Eduardo Coutinho, diretor comercial da AXS Energia, destaca que o processo de adesão é simples e digital, levando menos de cinco minutos, sem custos de instalação.
Os descontos nas faturas variam entre 10% e 20%, dependendo do estado e do perfil de consumo. Clientes como Matheus Siqueira, de Goiânia, relatam economias significativas, reduzindo contas mensais de R$ 10 mil para R$ 8.800. Para consumidores residenciais, como Aparecido Bento da Silva, a mudança também se reflete em faturas mais baixas, passando de R$ 400 para cerca de R$ 100. Além da economia, muitos usuários mencionam a importância de contribuir para um futuro sustentável, reforçando a escolha por fontes renováveis.
Apesar de preocupações sobre o impacto nas concessionárias, o modelo de energia solar distribuída garante a remuneração de todos os elos da cadeia elétrica, assegurando a viabilidade econômica do setor. Com a crescente adesão a essas alternativas, o Brasil avança em direção a um futuro energético mais sustentável e acessível.