A recente elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), restabelecida pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, impactou diretamente os custos de brasileiros que realizam gastos no exterior. A nova alíquota de 3,5% sobre transferências e compras em moeda estrangeira torna as operações financeiras mais onerosas, especialmente para aqueles que utilizam cartões de crédito ou realizam transferências internacionais.
De acordo com especialistas consultados pelo InfoMoney, ao transferir US$ 1 mil, o IOF cobrado será de R$ 196, enquanto para US$ 10 mil, o imposto chega a R$ 1.960. Além disso, as contas internacionais também estão sujeitas a spreads cambiais que variam entre 0% e 2,5%, o que pode aumentar ainda mais o custo final das transações.
Os cartões de crédito, por sua vez, se mostram como a opção mais cara, com custos adicionais que podem ultrapassar R$ 500 em compras de US$ 1 mil, devido à combinação do IOF e do spread cambial que pode chegar a 7%. Para uma compra de US$ 10 mil, o total pode superar R$ 61 mil, considerando a mesma taxa de câmbio e spread.
Por fim, a compra de moeda em espécie também foi afetada pela elevação do IOF, que passou de 1,1% para 3,5%, tornando essa alternativa menos atrativa em comparação com as contas internacionais. A insegurança de transportar dinheiro em espécie, somada ao aumento do imposto, levanta preocupações para os viajantes brasileiros.