Cientistas da Universidade de Manchester alertam que o aquecimento global pode facilitar a propagação de infecções fúngicas, especialmente a do gênero Aspergillus, que já causa cerca de 1,8 milhão de mortes anuais em todo o mundo. Com o aumento das temperaturas, fungos que antes eram restritos a regiões quentes podem se espalhar pela Europa, representando um risco crescente à saúde pública.
A professora Adilia Warris, da Universidade de Exeter, destaca que as infecções fúngicas variam de leves a potencialmente fatais, afetando principalmente indivíduos com o sistema imunológico comprometido. O ambiente úmido e escuro dos pés, além da inalação de esporos, são fatores que favorecem a infecção. A especialista alerta que a combinação de doenças fúngicas com o envelhecimento da população e o aumento de transplantes de órgãos pode resultar em uma "tempestade perfeita" para a saúde pública.
A professora Rita Oladele, da Universidade de Lagos, reforça a necessidade de atenção às doenças fúngicas, especialmente após a pandemia de covid-19, que deixou muitas pessoas com o sistema imunológico debilitado. Com o aumento da expectativa de vida e a prevalência de tratamentos que comprometem a imunidade, o risco de infecções fúngicas se torna ainda mais alarmante.