A popularidade do morango do amor disparou nas redes sociais, levando a uma alta demanda pela sobremesa em várias regiões do Brasil. No entanto, a colheita da fruta ainda está em fase inicial, especialmente em Minas Gerais, que é o maior fornecedor nacional. Segundo José Abílio de Oliveira, técnico da Emater-MG, o pico da safra deve ocorrer apenas em setembro, o que resulta em uma oferta limitada no momento.
Diversas docerias relataram que a sobremesa esgotou em apenas 30 minutos em algumas localidades, com preços que podem chegar a R$ 40 em São Paulo. A alta demanda também impactou o preço do morango in natura, que em Minas Gerais pode ser encontrado a até R$ 35 por uma caixa de 1,2 kg, bem acima do valor habitual de R$ 25. Em São Paulo, o preço do quilo da fruta também está em torno de R$ 35, conforme André Luiz Barreto, engenheiro agrônomo da Cati.
Os fornecedores enfrentam dificuldades para encontrar morangos devido ao início da safra, e não a problemas de plantio. Maicon Berwanger, agrônomo da Emater-RS, explica que a baixa produção é uma característica do momento, já que a fruta é colhida na primavera, necessitando de temperaturas específicas e condições climáticas favoráveis. No Rio Grande do Sul, a produção foi ainda mais afetada por geadas e a incidência de fungos, mas a expectativa é de uma boa colheita em setembro, com a florada já retornando.
Em Minas Gerais e São Paulo, as geadas foram menos severas, permitindo que a colheita se normalizasse. A produção de morango em Minas começa em março, atingindo seu pico em setembro, enquanto em São Paulo a safra inicia entre o final de junho e o início de julho. A combinação de fatores climáticos e a demanda crescente por morango do amor continuam a influenciar o mercado da fruta no Brasil.