NOVA DÉLHI – A Diretoria Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia identificou 51 falhas de segurança na Air India durante uma auditoria realizada em julho. O relatório, que foi acessado pela Reuters, destaca problemas como a falta de treinamento adequado para pilotos, uso de simuladores não aprovados e um sistema de escala deficiente. Essas descobertas surgem em um momento crítico, após um acidente com um Boeing 787 que resultou na morte de 260 pessoas em Ahmedabad no mês passado.
A auditoria, que não está diretamente ligada ao acidente, revelou sete violações significativas de “Nível 1” que devem ser corrigidas até 30 de julho, além de 44 outras não conformidades com prazo até 23 de agosto. Entre as falhas, as autoridades notaram que alguns pilotos não completaram as tarefas de monitoramento necessárias antes das avaliações periódicas, o que levanta preocupações sobre a segurança operacional.
Além disso, o relatório criticou a falta de avaliações adequadas para aeroportos de Categoria C, que apresentam terrenos desafiadores, e a utilização de simuladores que não atendem aos padrões exigidos. A Air India, que opera uma frota de 34 Boeing 787 e 23 Boeing 777, afirmou estar colaborando com a DGCA e que apresentará uma resposta formal dentro do prazo estipulado, incluindo ações corretivas.
A auditoria também apontou que a companhia aérea não cumpriu os limites de serviço de voo, com um voo específico excedendo o limite em mais de duas horas. A Air India, adquirida pelo Grupo Tata em 2022, enfrenta críticas constantes de passageiros, que frequentemente relatam problemas de limpeza e atendimento em suas redes sociais.