Lideranças do direito e entidades da sociedade civil se reuniram nesta sexta-feira (25) no salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) para um ato em defesa da soberania nacional. O evento ocorre em meio a tensões entre o governo brasileiro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, prevista para entrar em vigor em 1° de agosto.
Durante o ato, manifestantes entoaram palavras de ordem como "não à tirania, soberania não se negocia" e "o Brasil não aceita chantagem", refletindo a preocupação com a intromissão estrangeira nas questões internas do país. O diretor de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, destacou que a ameaça à soberania brasileira também compromete a ordem internacional e a democracia.
Mais de 200 entidades assinaram uma carta em defesa da soberania nacional, apresentada durante o evento. O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, e o advogado Oscar Vilhena, integrante do Comitê de Defesa da Democracia, reforçaram a importância de proteger os interesses brasileiros diante das ações do governo Trump, que, segundo eles, visam afetar não apenas o Supremo Tribunal Federal, mas também a vida dos cidadãos e empreendedores brasileiros.
O Largo São Francisco, onde ocorreu o ato, já foi palco de manifestações em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro, evidenciando a mobilização da sociedade civil em momentos críticos da política nacional.