Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (14) indicam que a atividade econômica do Brasil, medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), apresentou uma queda de 0,7% em maio em comparação a abril. Este é o primeiro recuo do índice em 2025, que serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Apesar da queda mensal, o IBC-Br mostrou um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, acumulando um ganho de 4% nos últimos 12 meses, conforme dados não dessazonalizados. O indicador é calculado com base em proxies representativas da produção na agropecuária, indústria e serviços, além de impostos sobre a produção.
O setor de serviços foi o único a registrar crescimento, com uma alta de 0,1% em relação a abril, enquanto a produção industrial e as vendas no varejo apresentaram quedas de 0,5% e 0,2%, respectivamente. Analistas apontam que a política monetária restritiva, refletida no aumento da taxa Selic para 15% ao ano, pode impactar a desaceleração gradual da economia brasileira, embora o mercado de trabalho robusto ajude a manter a resiliência da atividade econômica.
Recentemente, o Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento do PIB para 2025, aumentando-a para 2,5%. No entanto, essa estimativa não considerou os efeitos das novas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo governo dos EUA, que podem afetar negativamente o crescimento econômico deste ano, segundo economistas. A pesquisa Focus do Banco Central aponta uma expectativa de crescimento do PIB de 2,23% para 2025 e 1,89% para 2026.