O prefeito de Nova York, Eric Adams, revelou nesta terça-feira, 29, que o atirador Shane Tamura, responsável pela morte de quatro pessoas em um prédio de luxo em Manhattan, tinha como alvo a sede da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), mas entrou no elevador errado. Entre as vítimas está um policial que estava de folga. Tamura, que apresentava histórico de problemas mentais, deixou um bilhete em sua carteira culpando a NFL por sua condição de saúde, acreditando sofrer de encefalopatia traumática crônica (CTE).
O massacre ocorreu na segunda-feira, em um arranha-céu que abriga tanto a sede da NFL quanto a do grupo de investimentos Blackstone. Imagens de segurança mostram Tamura, que viajou de Las Vegas a Nova York, saindo de um veículo e entrando no edifício com um fuzil M4. Ele disparou no saguão, matando um policial e atingindo uma mulher, antes de continuar o ataque em outros andares do prédio.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, pediu ao Congresso dos EUA que aprove uma lei nacional para proibir armas de assalto, como a utilizada por Tamura. Ela enfatizou que a população está cansada de apenas "pensamentos e orações" e merece ação. No entanto, qualquer tentativa de restringir a venda ou uso de armas de assalto enfrenta o obstáculo da Segunda Emenda da Constituição, que garante o direito ao porte de armas.
O ataque foi classificado por Donald Trump como um "ato de violência sem sentido". Tamura, que não tinha filiação partidária, obteve permissão para ser segurança e, segundo relatos, trabalhava em um cassino em Las Vegas. O debate sobre a proibição de armas de assalto ressurgiu após o massacre, mas historicamente não avança no Congresso, mesmo após tragédias anteriores, como o massacre de Sandy Hook em 2012.