Na madrugada deste domingo (27), um ataque brutal em uma igreja católica na cidade de Komanda, província de Ituri, resultou na morte de pelo menos 43 pessoas, incluindo nove crianças. O ataque foi atribuído ao grupo rebelde ADF (Forças Democráticas Aliadas), que se aliou ao Estado Islâmico e tem sido responsável por uma série de massacres na região nos últimos anos.
De acordo com testemunhas, os agressores invadiram o templo por volta da 1h da manhã, durante uma vigília de oração, e iniciaram os disparos em meio ao pânico dos fiéis. Além das vítimas fatais, muitos corpos apresentavam marcas de facão, evidenciando a brutalidade do ataque. Casas e estabelecimentos comerciais nas proximidades também foram incendiados. Em um ataque separado, cinco moradores de uma vila vizinha foram mortos, aumentando o número de vítimas da noite.
O exército congolês foi acionado, mas chegou ao local horas após o ataque, quando os agressores já haviam fugido. A MONUSCO, missão da ONU no país, condenou a violência e pediu medidas urgentes para proteger os civis, especialmente em áreas rurais onde a presença do Estado é escassa. A província de Ituri enfrenta uma crise prolongada, com mais de 6 mil mortes atribuídas ao ADF nos últimos cinco anos e mais de 500 mil deslocados em 2024 devido à violência.
Líderes religiosos e organizações humanitárias nas redes sociais clamaram por um luto internacional e por ações concretas para enfrentar a situação. Um missionário local destacou a urgência da questão, afirmando que "não é mais possível ignorar o que está acontecendo no leste do Congo".