O corte no atendimento de saúde nas unidades prisionais do Estado do Rio de Janeiro foi adiado até a próxima segunda-feira, 4 de setembro, conforme anunciado pela prefeitura da capital fluminense. A decisão ocorreu após uma conversa entre o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes, buscando uma solução para a situação crítica.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o motivo do corte é a falta de repasses financeiros por parte do governo estadual, responsável pela manutenção do sistema penitenciário. Nos últimos três meses, não houve transferências, resultando em um desequilíbrio nas contas da SMS, que teve que arcar com os custos dos serviços de saúde nas prisões com recursos próprios.
Desde 2020, as equipes municipais realizaram quase 500 mil atendimentos, incluindo serviços médicos, odontológicos e psicológicos, atendendo cerca de 31,5 mil pessoas em 28 presídios. A dívida acumulada do governo estadual na área da saúde já ultrapassa R$ 1,153 bilhão, e a SMS afirma que não pode mais comprometer recursos municipais com responsabilidades estaduais. A Secretaria de Estado de Saúde, por sua vez, defende que os repasses estão em dia até abril e que está avaliando a solicitação da prefeitura para mudanças na frequência dos pagamentos.