Na terça-feira (29), ataques aéreos russos na Ucrânia resultaram na morte de pelo menos 25 civis, incluindo uma mulher grávida de 23 anos, e mais de 50 feridos. Os bombardeios ocorreram um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pressionado o líder russo, Vladimir Putin, a encerrar a invasão em um prazo reduzido de 10 a 12 dias, sob a ameaça de sanções. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque a uma colônia penal na região de Zaporizhzhia como "deliberado e intencional".
O Kremlin, por meio de seu porta-voz Dmitri Peskov, negou que alvos civis estivessem sendo atacados, afirmando que as ações do Exército russo se concentram em infraestruturas militares. No entanto, imagens divulgadas pelo Ministério da Justiça da Ucrânia mostram os danos significativos na penitenciária de Bilenkivska, onde 16 pessoas morreram e 43 ficaram feridas. O chefe da administração regional, Ivan Fiódorov, relatou um total de oito ataques aéreos na região.
O comissário ucraniano de direitos humanos, Dmytro Lubinets, denunciou os ataques como uma "flagrante violação do direito humanitário internacional". A Força Aérea Ucraniana informou que, na madrugada de terça-feira, a Rússia lançou 39 drones e mísseis, dos quais 32 foram interceptados. Em resposta, um ataque de drone ucraniano na Rússia resultou na morte de uma pessoa na região de Rostov. Apesar da escalada de violência, o Kremlin afirmou que continua comprometido com um processo de paz, embora mantenha suas exigências territoriais em relação à Ucrânia.