Neste sábado (19), a Defesa Civil de Gaza reportou que 32 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas em disparos israelenses próximos a centros de distribuição de ajuda humanitária no campo de refugiados de Bureij, na Faixa de Gaza. O órgão, controlado pelo Hamas, afirmou que os ataques ocorreram em locais geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que recebe apoio de Israel e dos Estados Unidos.
Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, relatou que os disparos atingiram pessoas que buscavam assistência em um momento crítico, onde mais de 2 milhões de habitantes enfrentam risco iminente de fome. A GHF, por sua vez, negou a versão da Defesa Civil, classificando os relatos como falsos e afirmando que as mortes não ocorreram em suas proximidades.
O Exército israelense, em resposta, declarou que identificou suspeitos se aproximando de suas tropas na região de Rafah e que os disparos foram feitos após os indivíduos ignorarem ordens para recuar. O comando militar informou que o incidente ocorreu a cerca de 1 km de um centro de ajuda que estava fechado no momento dos tiros e que uma investigação está em andamento.
Desde o início do conflito em 7 de outubro, a situação humanitária em Gaza se deteriorou drasticamente, com a ONU relatando que 875 pessoas morreram em busca de alimentos. A Fundação Humanitária de Gaza, que começou a operar após um bloqueio de ajuda, enfrenta críticas de agências da ONU que alegam que suas operações violam princípios humanitários básicos.