Uma das três instalações de enriquecimento de urânio no Irã foi completamente destruída durante os ataques aéreos autorizados pelo ex-presidente Donald Trump em junho, segundo um relatório interno acessado pela NBC News. As informações, que contradizem declarações anteriores do governo dos Estados Unidos, indicam que a missão não conseguiu enfraquecer a infraestrutura nuclear iraniana como pretendido. Os ataques foram uma resposta a ofensivas atribuídas ao Irã contra tropas americanas na Síria.
Imagens de satélite e relatórios técnicos revelam que as centrifugadoras e sistemas de enriquecimento nas instalações atacadas sofreram apenas danos parciais, permanecendo em funcionamento. O governo iraniano, que ainda não se manifestou sobre os novos dados, já havia afirmado que seu programa nuclear continuaria sem interrupções, desafiando as ações dos EUA.
A divulgação dessas informações provocou reações no Congresso dos Estados Unidos, onde parlamentares da oposição questionaram a eficácia da operação militar e exigiram mais clareza sobre seus objetivos. Enquanto isso, aliados de Trump defendem uma resposta mais contundente contra o Irã. O Conselho de Segurança da ONU foi informado sobre os riscos de uma nova escalada regional, e a Agência Internacional de Energia Atômica planeja enviar uma equipe ao Irã para inspecionar os danos.
Este cenário de tensão ocorre em um contexto de relações diplomáticas rompidas entre Washington e Teerã, com Trump reforçando uma postura dura contra o país e descartando a reativação do acordo nuclear de 2015. A expectativa agora gira em torno de possíveis manifestações da Casa Branca e do governo iraniano, além da visita da agência internacional às instalações nucleares.