Na quinta-feira, 17 de julho de 2025, a Igreja da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza, foi atingida por uma munição israelense, resultando em três mortes e nove feridos, conforme informado pelos responsáveis pela paróquia. O incidente ocorreu em um momento em que muitos fiéis e refugiados buscavam abrigo no templo, que abriga cerca de 500 cristãos deslocados pela guerra na região.
O governo israelense expressou profundo pesar pelo ataque, afirmando que uma investigação está em andamento. Em nota, o gabinete do primeiro-ministro lamentou a perda de vidas inocentes e compartilhou a dor das famílias afetadas. O Vaticano confirmou que o ataque foi causado por um tanque de guerra e destacou que dois dos feridos estão em estado grave, enquanto um se encontra em condição crítica.
O papa Leão XIV manifestou sua tristeza pelo ocorrido e reiterou o apelo por um cessar-fogo imediato em Gaza, onde o conflito entre Israel e o Hamas se intensificou desde outubro de 2023. O Patriarcado Latino em Jerusalém condenou o ataque, afirmando que a violência contra civis não pode ser justificada. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, também criticaram o ataque, ressaltando a necessidade de proteção para locais de culto.
A Igreja da Sagrada Família, que tem uma significativa importância histórica e espiritual, é um símbolo da presença cristã em uma região predominantemente muçulmana, onde apenas 135 católicos residem atualmente. Desde o início do conflito, muitos cristãos têm buscado refúgio na paróquia, que se tornou um ponto de apoio em meio à crise humanitária.