Na reunião do Federal Reserve realizada em 17 e 18 de junho, apenas alguns membros manifestaram apoio à possibilidade de redução da taxa de juros já neste mês. A maioria dos participantes expressou preocupação com a pressão inflacionária, especialmente em decorrência das tarifas propostas pelo presidente Donald Trump. A ata da reunião, divulgada nesta quarta-feira, destaca que a maioria dos membros acredita que cortes de juros podem ser apropriados ainda em 2023, mas com cautela diante das incertezas econômicas.
O documento revela que, apesar do crescimento econômico e do mercado de trabalho robustos, as autoridades do Fed optaram por manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, conforme decidido em dezembro do ano passado. A ata também menciona que, embora alguns participantes vejam riscos de inflação elevada, outros consideram que os riscos para o mercado de trabalho estão se tornando mais significativos.
Os diretores Christopher Waller e Michelle Bowman indicaram que cortes de juros poderiam ocorrer já na reunião programada para 29 e 30 de julho. No entanto, um relatório de emprego mais forte do que o esperado diminuiu as expectativas de uma redução iminente, levando os investidores a reavaliar as chances de cortes nas próximas reuniões. O mandato de Jerome Powell como presidente do Fed se estende até 15 de maio de 2026.