Uma equipe internacional de astrônomos, liderada pela NASA, confirmou a existência de uma estrela companheira orbitando Betelgeuse, uma das estrelas mais proeminentes do céu noturno. A descoberta foi realizada em dezembro de 2024, utilizando o telescópio Gemini North, localizado no Havaí, e foi publicada na revista 'The Astrophysical Journal Letters' nesta segunda-feira (21).
A nova estrela, que orbita Betelgeuse a uma distância de aproximadamente quatro vezes a distância entre a Terra e o Sol, pode explicar as variações de brilho da supergigante, que ocorrem em ciclos de cerca de seis anos. A detecção foi feita com o auxílio do instrumento ‘Alopeke’, que compensou a distorção atmosférica, permitindo a observação de um objeto que muitos acreditavam ser impossível de ser fotografado.
Betelgeuse, localizada na constelação de Órion a cerca de 640 anos-luz da Terra, é uma estrela supergigante vermelha que já está em seus estágios finais de vida. Com um raio 700 vezes maior que o do Sol, suas oscilações de brilho têm intrigado astrônomos desde a antiguidade. A nova descoberta não só confirma a presença da estrela companheira, mas também sugere que sua interação gravitacional pode influenciar o comportamento luminoso de Betelgeuse.
Entretanto, a estrela companheira não deve sobreviver por muito tempo, pois, segundo os cálculos, ela será engolida por Betelgeuse em cerca de 10 mil anos devido à interação entre as duas estrelas. Essa dinâmica entre estrelas gigantes é um fenômeno que continua a fascinar os cientistas e a comunidade astronômica.