A arrecadação federal brasileira registrou um recorde histórico em junho, totalizando R$ 34,6 bilhões, o maior valor para o mês desde 1995. O aumento foi impulsionado principalmente pela alta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que arrecadou R$ 20 bilhões, representando um crescimento de quase 39% em relação ao ano anterior. O auditor fiscal Claudemir Malaquias observou que mudanças no tributo podem influenciar o comportamento dos contribuintes, especialmente em meio a discussões sobre a regulamentação do imposto.
No acumulado do ano, a arrecadação federal soma R$ 1,425 bilhão, com um crescimento real de 4,40% em comparação ao mesmo período do ano passado. Fatores como a tributação de fundos exclusivos, a reoneração de combustíveis e a taxação de apostas eletrônicas contribuíram para esse desempenho. O governo federal vê esse aumento como uma oportunidade para cumprir a meta fiscal e reduzir o bloqueio orçamentário, projetando um déficit primário de R$ 300 bilhões para 2025, dentro dos limites da regra fiscal.
A expectativa do governo é que a continuidade dessas medidas ajude a manter o equilíbrio fiscal e a sustentabilidade das contas públicas. A alta na arrecadação é considerada um passo importante para o cumprimento das metas fiscais, promovendo maior estabilidade econômica e confiança no mercado. No entanto, especialistas alertam que, sem um plano robusto para cortes de gastos federais, o equilíbrio fiscal pode não ser alcançado.