A atividade econômica da Argentina cresceu 5% em maio de 2023 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgados nesta segunda-feira (21). Este é o oitavo mês consecutivo de crescimento anual, embora o resultado tenha ficado abaixo da expectativa de 5,8% prevista por analistas consultados pela Reuters.
O relatório do Indec, intitulado Estimador Mensal da Atividade Econômica (EMAE), revelou que a maioria dos setores econômicos apresentou expansão, destacando-se o setor financeiro, que cresceu 25,8%, e o setor de pesca, com aumento de 12,2%. No entanto, em comparação mensal, a atividade econômica recuou 0,1% em maio, após um crescimento de 1,8% em abril.
A economia argentina, a terceira maior da América Latina, tem mostrado sinais de recuperação desde que o presidente ultraliberal Javier Milei implementou medidas de austeridade rigorosas após assumir o cargo em dezembro de 2023. Apesar do crescimento do PIB de 0,8% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, os desafios sociais, como o aumento da pobreza e a insatisfação popular, continuam a ser uma preocupação para o governo.
Milei adotou um ajuste econômico que incluiu a paralisação de obras federais e a retirada de subsídios, resultando em um aumento significativo nos preços ao consumidor. Apesar disso, o governo conseguiu reduzir a inflação, que atingiu 1,6% em junho, e obteve superávits fiscais, recuperando parte da confiança dos investidores.