O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (18) o início do processo de privatização da AySA, empresa estatal responsável pelo fornecimento de água e saneamento em Buenos Aires e regiões adjacentes, atendendo cerca de 11,2 milhões de pessoas. A medida integra o programa econômico do presidente Javier Milei, que visa a redução da inflação e a recuperação das contas públicas, alcançando um superávit pela primeira vez desde 2010.
A privatização da AySA foi incluída na "lei de bases", aprovada no ano passado, que estabelece um pacote de reformas e lista empresas estatais sujeitas à privatização. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que a privatização permitirá a modernização do setor e a melhoria da qualidade e preços dos serviços. O governo planeja transferir 90% das ações da empresa, atualmente sob controle estatal, por meio de uma licitação pública nacional e internacional.
Além disso, será realizada uma oferta pública inicial para atrair novos investidores, mantendo 10% do capital social nas mãos dos funcionários da empresa. A AySA, que conta com 6.202 empregados, não teve detalhes sobre possíveis demissões divulgados. A empresa, que foi reestatizada em 2006 após uma concessão à Suez, recebeu aportes do tesouro nacional que somam 13,4 bilhões de dólares desde sua reestatização até 2023, mas registrou superávit em 2024 pela primeira vez desde 2007.