Uma pesquisa da Quaest, divulgada neste sábado (19 de julho de 2025), revela que 59% das menções nas redes sociais sobre a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram positivas. O levantamento, que monitorou 1,3 milhão de postagens entre 0h e 17h da última sexta-feira, mostra uma forte polarização nas reações dos usuários, com 41% criticando a ação e defendendo Bolsonaro.
A operação, que incluiu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e em endereços relacionados ao Partido Liberal, foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As medidas cautelares também incluem o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro é réu em um processo que investiga sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022, com a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando sua condenação na última segunda-feira (14 de julho).
A análise da Quaest indica que a operação gerou uma mobilização significativa nas redes, com 418 mil autores únicos comentando sobre o assunto e um alcance médio de 113 milhões de visualizações por hora. Entre os defensores de Bolsonaro, 10% associaram a operação a conceitos de "censura" e "ditadura", argumentando que as medidas representam abuso de poder do Judiciário na ausência de uma condenação formal. Além disso, houve um aumento de cinco vezes nas buscas pelo termo "Bolsonaro" no Google em comparação com a média de junho, refletindo o impacto da operação nas discussões públicas.