Nesta quarta-feira (16), apenas cinco das 29 testemunhas de defesa convocadas para depor em ações penais relacionadas a uma suposta trama golpista no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro compareceram ao Supremo Tribunal Federal (STF). As oitivas, que começaram na segunda-feira (14), visam investigar os núcleos 2 e 4 do complô, que teria ocorrido em janeiro de 2023, durante os ataques ao Palácio do Planalto.
Entre os convocados estavam figuras proeminentes, como os deputados Eduardo e Carlos Bolsonaro, além de senadores e ex-ministros. No entanto, a maioria não compareceu, com algumas dispensas aceitas pelo relator das ações, ministro Alexandre de Moraes, por falta de pertinência ou a pedido das defesas. A ausência mais notável foi a do delegado Fábio Shor, da Polícia Federal, responsável pelas investigações, que pode ser intimado a comparecer em outra data.
Durante a audiência do núcleo 2, apenas duas das 21 testemunhas previstas, o senador Ciro Nogueira e o general Gonçalves Dias, prestaram depoimento, mas não trouxeram informações relevantes sobre os réus ou planos golpistas. Em paralelo, no núcleo 3, apenas três das oito testemunhas compareceram, incluindo o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Julio Valente, que reafirmou a integridade do processo eleitoral e das urnas eletrônicas.
As audiências dos núcleos 2 e 3 devem continuar até 23 de julho, após o que os réus de cada núcleo serão ouvidos. As datas para esses depoimentos ainda não foram definidas. Os réus incluem ex-assessores e militares, que estão sendo investigados por seu suposto envolvimento na tentativa de desestabilização do governo.