Na Colônia Agrícola de Palhoça, localizada na Grande Florianópolis, apenados estão contribuindo para o Programa Estrada Boa, uma iniciativa do Governo de Santa Catarina voltada para a revitalização de infraestrutura rodoviária. Desde o início do projeto, mais de 50 detentos do regime semiaberto têm trabalhado na produção de tachões, estruturas de sinalização que auxiliam na organização do tráfego em diversas vias do estado.
O trabalho é realizado em parceria com uma empresa privada, através de um termo de colaboração que permite aos presos aprender um ofício e, ao mesmo tempo, reduzir suas penas. A produção média é de 12 mil tachões por dia, o que não apenas gera economia aos cofres públicos, mas também reforça a política de ressocialização do sistema prisional catarinense.
A secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Danielle Amorim Silva, enfatizou que a iniciativa é benéfica tanto para os apenados, que se mantêm ocupados e produtivos, quanto para o Estado, que avança nas obras do Estrada Boa com mais eficiência. Além da produção de tachões, a Colônia Agrícola de Palhoça oferece atividades de marcenaria, agricultura e manutenção predial, sempre sob supervisão técnica.
O Programa Estrada Boa, que já entregou treze obras de grande porte e prevê a conclusão de várias outras até 2026, representa um investimento recorde de R$ 3,5 bilhões em infraestrutura rodoviária, beneficiando regiões que estavam há mais de 30 anos sem melhorias significativas. A inclusão dos apenados no ciclo produtivo é uma estratégia do governo para promover cidadania e reduzir a reincidência criminal.