Na madrugada desta quinta-feira (17), moradores da Região Metropolitana de Belém, próximos ao Parque Ambiental de Ananindeua Antônio Danúbio, relataram a aparição de um animal que supostamente seria um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o maior canídeo da América do Sul. O registro gerou curiosidade e preocupação entre os residentes da área, levando o DOL a buscar esclarecimentos com especialistas.
Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal das Garças e professor, analisou as imagens do animal e concluiu que, apesar da confusão inicial, trata-se de um cachorro-do-mato, e não de um lobo-guará. Guerreiro destacou que, embora o lobo-guará tenha sido registrado na Amazônia, sua presença na cidade é improvável devido à escassez de ocorrências na região nos últimos 25 anos.
O biólogo também alertou sobre o comportamento de animais silvestres em áreas urbanas, enfatizando que a transformação do ambiente pode levar esses animais a buscar alimentos em locais não habituais. Ele aconselhou a população a manter a calma ao avistar um cachorro-do-mato, evitando movimentos bruscos e se afastando lentamente, já que, embora não sejam agressivos, podem se sentir ameaçados e reagir de forma defensiva.
Guerreiro finalizou ressaltando que, embora o cachorro-do-mato não seja considerado agressivo, é importante lembrar que, como qualquer animal selvagem, ele pode transmitir doenças, como a raiva, caso esteja contaminado. A situação destaca a necessidade de maior conscientização sobre a convivência com a fauna local em áreas urbanas.