A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou na última semana estudos geoeconômicos que indicam a viabilidade de três novos blocos exploratórios de petróleo e gás natural no pré-sal brasileiro. Localizados na Bacia de Campos, no litoral do Sudeste, os blocos Calcita, Dolomita e Azurita têm potencial para reforçar a produção nacional, que já é responsável por 79,8% do total de petróleo e gás do país.
Os três blocos, que somam uma área de 6,2 mil quilômetros quadrados, foram parte do Projeto Calcita da ANP, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Os resultados dos estudos serão enviados ao MME, que decidirá sobre a divulgação das coordenadas geográficas e a inclusão dos blocos no regime de partilha, que permite a licitação das áreas à iniciativa privada.
Para que os blocos sejam oferecidos em leilão, é necessária a manifestação conjunta do MME e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A ANP ressaltou que, embora os blocos tenham potencial, a transformação em campos produtores dependerá de estudos adicionais realizados pelas empresas interessadas.
O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) destacou a importância contínua do pré-sal para o desenvolvimento energético do Brasil, enquanto a Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu que a Petrobras mantenha seu direito de preferência na exploração das novas áreas, em meio a preocupações sobre um projeto de lei que poderia alterar essa prerrogativa.
