O Tribunal de Madri condenou Carlo Ancelotti, treinador da seleção brasileira, a um ano de prisão por fraude fiscal, em decisão proferida na quarta-feira, 9 de julho de 2025. A condenação, que ocorreu após um julgamento nos dias 2 e 3 de abril, está relacionada à sonegação de impostos durante o exercício fiscal de 2014, totalizando irregularidades de aproximadamente R$ 2,3 milhões. Além da pena de prisão, Ancelotti deverá pagar uma multa de 386 mil euros, equivalente a R$ 2,4 milhões.
A sentença também determina a perda do direito a subsídios públicos e benefícios fiscais ou da Previdência Social espanhola por um período de três anos. Apesar da condenação, o treinador não enfrentará prisão obrigatória, uma vez que não possui antecedentes criminais e suas pendências judiciais foram quitadas pelo Real Madrid, seu ex-clube. A promotoria havia solicitado uma pena mais severa, próxima a cinco anos de reclusão.
Durante o julgamento, Ancelotti negou ter agido com intenção de fraudar o Tesouro Público, afirmando que sua preocupação era apenas em receber o salário líquido de 6 milhões de euros por três anos. Ele declarou que não tinha conhecimento de qualquer investigação em curso por parte do Ministério Público. A decisão do tribunal não especificou como o treinador cumprirá a pena alternativa à prisão, considerando que suas dívidas fiscais já foram regularizadas pelo Real Madrid.