Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira de futebol, foi condenado nesta quarta-feira a um ano de prisão na Espanha por suposta fraude fiscal, ocorrida em 2014, durante sua primeira passagem pelo Real Madrid. A decisão foi proferida pelo Tribunal de Madri, que também impôs uma multa de aproximadamente 400 mil euros, equivalente a cerca de R$ 2,4 milhões.
Apesar da condenação, a equipe jurídica de Ancelotti considera a sentença um "sucesso" para a defesa, uma vez que o treinador já havia reconhecido um erro em sua declaração de imposto de renda na época. O Ministério Público havia solicitado quase cinco anos de prisão, mas a defesa argumenta que Ancelotti não ultrapassou os 183 dias que o tornariam residente fiscal na Espanha, o que o isentaria de qualquer crime.
Em 2015, Ancelotti pagou tributos como residente, superando o valor estipulado, o que resultou em um reembolso do Tesouro espanhol. Para reforçar sua posição, o treinador pagou 1,2 milhão de euros durante o período de espera pela sentença definitiva, demonstrando que não houve intenção de cometer fraude. A legislação espanhola permite a suspensão da pena para condenações inferiores a dois anos, o que pode beneficiar Ancelotti, que não possui antecedentes criminais e reparou o suposto crime.