As ações da WEG (WEGE3) enfrentam forte volatilidade após a divulgação de resultados do segundo trimestre de 2025, com uma queda acumulada de quase 30% no ano. A análise de 11 casas de pesquisa revela que 7 delas recomendam a compra dos papéis, enquanto 2 sugerem manutenção e 2 indicam venda. Apesar das incertezas relacionadas a tarifas impostas pelos EUA e a desaceleração do PIB global, instituições como Citi e BTG Pactual mantiveram suas recomendações de compra, embora tenham reduzido seus preços-alvo para R$ 53 e R$ 54, respectivamente.
Os analistas destacam que a WEG está sendo negociada com um desconto de 36% em relação aos seus pares globais, o menor nível em 15 anos. Apesar de um resultado abaixo do esperado, espera-se uma melhora nas margens no segundo semestre, impulsionada por um mix de produtos mais favorável e um desempenho contínuo no segmento de Transmissão e Distribuição, especialmente na América do Norte. No entanto, a revisão das estimativas de lucro para 2025 e 2026 aponta para um crescimento mais modesto, pressionado pela ausência de backlog e incertezas tarifárias.
O Bank of America também revisou suas projeções, mantendo uma recomendação neutra e reduzindo o preço-alvo de R$ 54 para R$ 50. A instituição aponta que a visibilidade sobre o crescimento futuro permanece baixa, embora iniciativas em e-mobilidade e outras áreas possam oferecer algum potencial de recuperação. A situação atual reflete um cenário desafiador para os investidores da WEG, que aguardam sinais de recuperação em um ambiente econômico incerto.