O livro 'O Apocalipse', escrito quase um século após a morte de Jesus Cristo, foi o último a ser incorporado ao Novo Testamento. Atribuído a um autor chamado João, que foi exilado em Patmos, o texto se destaca por sua linguagem repleta de simbolismos e uma mensagem que contrasta com os evangelhos dos apóstolos. Enquanto os evangelhos promovem amor e fraternidade, 'O Apocalipse' é marcado por sentimentos de vingança e uma visão de mundo violenta.
A análise revela que as bases da Igreja Católica e das correntes neopentecostais estão mais alinhadas com a narrativa do 'Apocalipse' e de certos livros do Antigo Testamento, que retratam a crueldade e a arrogância tribal, do que com os ensinamentos amorosos de Jesus. O texto sugere que 'O Apocalipse' representa uma religião do poder, que se distancia do amor e da aceitação, promovendo um julgamento severo sobre os diferentes.
Além disso, a obra é vista como um reflexo do ressentimento e da frustração de indivíduos que se sentem marginalizados na sociedade. A figura de Cristo, descrita como um símbolo de amor e libertação, é contrastada com a imagem aterrorizante que emerge do 'Apocalipse', onde ele é apresentado não mais como um salvador, mas como um carrasco. Essa dualidade levanta questões sobre a verdadeira essência do cristianismo e sua interpretação ao longo da história.